domingo, fevereiro 27, 2005

Encontros

Estivemos no Centro Fé e Cultura da Universidade de Aveiro na quarta-feira, dia 23, para uma conferência com o tema "Budismo: história e cultura". E na quinta-feira seguinte, dia 24, participámos num encontro inter-religioso realizado no Hospital de S. João sobre Saúde e... Religião.

Estas coisas são engraçadas, mas agora voltamos a virar-nos para um trabalho menos "visível"... e praticar!

Daqui a duas semanas faremos um workshop de introdução à meditação. Dia 13 de Março, às 15h30.

Por fim a alegria de saber que não há felicidade no mundo

Um desabafo: estou em ponto de rebuçado para este novo texto do Acesso ao Insight: Por fim a alegria de saber que não há felicidade no mundo

sábado, fevereiro 26, 2005

Os Chacras


Os chacras (ou chakras), palavra de origem sânscrita que significa "roda", são centros de energia subtil (prana, kundalini) situados no corpo energético humano, que em certas tradições esotéricas se designa como corpo astral.

Os sete chacras principais descritos pela tradição do Yoga da Kundalini indiano distribuem-se através do sushumna, o principal canal de energia subtil, localizado ao longo na coluna. De cada chacra irradia um número específico de canais de energia (nadi). Estes centros são também descritos como campos de consciência e são frequentemente representados como flores de lótus com um variado número de pétalas que corresponde ao número de nadis que daí brotam. Segundo a tradição yogi, estas flores de lótus têm um movimento circular, por isso a impressão de uma roda, de um turbilhão de energia. Algumas das práticas do yoga, que incluem meditação e exercícios de respiração, visam despertar a energia alojada no primeiro chacra – a kundalini, simbolizada por uma serpente – que activa os centros seguintes, um após outro até chegar ao sétimo. De acordo com o sistema do yoga da kundalini, cada chacra corresponde a propriedades psico-físicas específicas, expressas através de formas, símbolos, sílabas, sons e divindades diferentes. Ao serem activados, dão origem a estados de beatitude, fazendo o yogi experienciar diversos poderes psíquicos (siddhi) e formas particulares de conhecimento.

O primeiro chacra (chacra Muladhara) fica situado na base do sushumna, entre a raiz dos órgãos genitais e o ânus. É neste chacra que no ser não iluminado repousa a kundalini, ou poder da serpente, que fornece energia aos outros chacras. Deste centro irradiam quatro nadis, representados por quatro pétalas de lótus. A forma simbólica correspondente é o quadrado, a cor é o amarelo, a sílaba germe associada é lam, o animal é um elefante com sete trombas e as divindades são Brama e a sua shakti, Dakini. Este chacra está ligado ao elemento terra, ao siddhi da levitação e ao conhecimento do presente, do passado e do futuro.

O segundo chacra (Svadhisthana) situa-se no canal sushumna no ponto correspondente à raiz dos órgãos genitais. Do seu centro irradiam seis nadis. A forma simbólica é a meia-lua, a cor, o branco, a sílaba germe é vam, o animal é o crocodilo e a divindade associada é Vishnu, com a sua shakti Rakini. Este chacra está ligado ao elemento água, ao conhecimento intuitivo e à mestria dos sentidos.

O terceiro chacra (Manipura), reside na região do umbigo e está ligado ao centro físico do plexus solar. Deste chacra irradiam dez nadis. A forma simbólica é o triângulo, a cor é o vermelho, a sílaba germe é ram, o símbolo animal é o carneiro, as divindades que o regem são Rudra e Lakini. Está ligado à mestria do elemento fogo e o siddhi correspondente permite a descoberta de tesouros escondidos.

O quarto chacra (Anahata) reside na região do coração. Deste centro irradiam quinze nadis. A forma simbólica é a estrela em duplo triângulo, a cor é o azul, a sílaba germe é yam, o animal associado é a gazela e as divindades que aí presidem são Isha e Kakini. Está ligado ao elemento ar, ao amor cósmico, e o siddhi correspondente permite voar no espaço e ser capaz de entrar noutros corpos.

A estes quatro chacras inferiores seguem-se os chacras superiores responsáveis por canalizar a kundalini para universos espirituais. O quinto chacra (Vishuddha) situa-se na parte inferior da garganta e é o centro do elemento éter. Deste centro irradiam dezasseis nadis. A forma simbólica é o círculo, a cor é o branco, a sílaba germe é ham, o animal é o elefante com seis trombas, as divindades associadas são Sada-Shiva e a deusa Shakini. Este nível está ligado à mestria do verbo e à imortalidade.

O sexto chacra (Ajña) corresponde ao espaço entre as sobrancelhas, conhecido nas tradições esotéricas ocidentais como “terceiro olho”. Daí irradiam dois nadis. A cor correspondente é um branco leitoso, a sílaba germe é a, as divindades associadas são Parama-Shiva na forma de Hamsa e a deusa Hakini. Este chacra é considerado o centro da consciência. A este nível obtém-se a libertação do círculo das existências.

O sétimo chacra (Sahasrara) está localizado acima da fontanela, a coroar o sushumna, é o "lótus das mil pétalas" devido ao incontável número de nadis que daí irradiam. Fisicamente corresponde à região do cérebro, a sílaba germe é om, representa a totalidade de todas as sílabas germe e de todos os chacras. Pertence a um nível de realidade superior a todos os outros chacras e a sua luz é descrita como a de “dez milhões de sóis”. É o centro da consciência cósmica e aí reside o deus Shiva. Representa a beatitude, a consciência e o conhecimento supremos.

Embora desenvolvido pelo Hinduísmo, o sistema dos chacras também representa um papel importante no Budismo, especialmente na tradição Vajrayana do Budismo Tibetano. No Budismo o sistema dos chacras é basicamente o mesmo do Yoga da Kundalini, mas o simbolismo é retirado da iconografia budista e a prática de meditação baseada neste simbolismo diverge significativamente da Hindu.

Página relacionada:
http://www.kheper.net/topics/chakras/chakras.htm
imagem de http://www.reikiisenergie.nl/photo.htm

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Grupo de Debate

Fica aqui a sugestão para o tema a debater.

Quantos monges Zen são necessários para mudar uma lâmpada?

terça-feira, fevereiro 22, 2005

ao volante...

Numerosos são aqueles que passam longas horas nos seus carros. Assim, como isso faz parte de nosso quotidiano, podemos integrá-lo ao nosso caminho espiritual. Todavia, por razões evidentes, não será necessário fechar os olhos quando estamos a conduzir ou se estamos presos na complicação do trânsito. Não obstante, é possível usarmos técnicas meditativas e práticas espirituais para melhorar a nossa condução, permanecendo calmos e concentrados, ainda que tenhamos a impressão de viver no caos.

No espaço exíguo do nosso automóvel, criemos uma atmosfera que nos seja pessoal. Lembremo-nos do enigma do mestre zen: "Como vemos Buda ao volante de nosso carro?" Elaboremos a nossa própria meditação automotiva natural que corresponda melhor ao nosso estado mental de condutor. Pela minha parte, eis como procedo:

Começamos por três inspirações:
Inale profundamente.
Inspirar, expirar.
Ser atento
Inspirar de novo, relaxar.
Relaxar um pouco mais,
Relaxar a tensão,
Tudo o que nos pressiona e oprime.

As nossas mãos estão crispadas ao volante?
Não estamos a ir depressa demais?
O nosso rosto está tenso?
As nossas costas estão contraídas?
E o que dizer do nosso pescoço?
O estômago um pouco travado, talvez?
A respiração curta? O peito oprimido?
Respirar, relaxar, sorrir,
Então aproveitemos o passeio.
Recostemo-nos no assento.
Relaxemos,
Experimentemos plenamente a experiência presente

Aqui e agora,
Simplesmente estar sentado e conduzindo a nossa viatura.

Seguimos a nossa rota
Aquela que nos conduz para nós.
Estejamos presentes
Para nós, com facilidade
Próximo de tudo que nos é familiar.

É possível introduzirmos o sagrado na nossa vida adaptando esta meditação a todas actividades às quais nos entregamos regularmente.


Do livro "Eveillez Votre Spiritualité"
de Lama Surya Das

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Parar

Parar, Acalmar-se, Descansar e Curar-se, de Thich Nhat Hanh. Um texto excelente sobre samatha.

Kyabjé Trulshik Rinpoche

Email acabado de receber da Casa do Tibete:

A Songsten - Casa da Cultura do Tibete e a União Budista Portuguesa têm a alegria de anunciar a vinda de Kyabjé Trulshik Rinpoche a Portugal. S. S. Kyabjé Trulshik Rinpoche é um dos Lamas mais importantes da nossa época e um dos Mestres mais eruditos e respeitados na tradição do budismo tibetano. Durante a sua visita ao nosso país Rinpoche irá dar ensinamentos no Algarve e uma conferência pública em Lisboa.

Programa da Visita:
26 de Fevereiro 2005 – Ensinamento público no Algarve
Local : Centro de Retiros de Karuna, Monchique
Hora : 15.00 h
Contribuição : 7 Euros
Contacto : 912221857

2 de Março de 2005 – Conferência pública em Lisboa
Local : Hotel Altis – Sala Petrópolis, Rua Castilho, nº 11 Lisboa
Hora : 18.30 h
Contribuição : 10 Euros
Contacto : 965380336 / 213634363

Uma real indisponibilidade financeira não é impeditiva de particip

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

A cura

O milagre não é andar sobre a água. O milagre é andar sobre a terra no momento presente. A paz está em todo o lado à nossa volta – no mundo e na natureza – e em nós – no nosso corpo e no nosso espírito. Quando aprendermos a tocar essa paz, seremos curados e transformados.

Thich Nhat Hanh, Bouddha vivant, Christ vivant

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Inter-ser

Diz-se nos Salmos: “Não tenham medo e saibam que sou Deus”. “Não ter medo” significa estar em paz e concentrado. O termo budista é samatha, a pacificação do espírito (a paragem, a calma e a concentração). “Saber” significa adquirir a sabedoria, a visão profunda ou a compreensão. O termo budista é vipasyana (compreensão, olhar profundo). “Olhai profundamente” significa observar alguém ou alguma coisa com uma concentração tal que a distinção entre aquele que observa e aquele que é observado desaparece. O resultado é a compreensão da verdadeira natureza do objecto.



Quando contemplamos o coração de uma flor, podemos aí ver as nuvens, o sol, os minerais, o tempo, a terra e todo o cosmos. Sem as nuvens, não poderia haver chuva e a flor não poderia existir. Sem o tempo, a flor não poderia desabrochar. Na realidade, a flor é inteiramente feita de elementos não-flor; ela não tem existência independente, individual. Ela “inter-é” com tudo o que está no universo.

Thich Nhat Hanh, Bouddha vivant, Christ vivant
Foto ©Calica 2004

RETIRO EM VIGO

~ de 4 a 6 de Março ~ o retiro é orientado por Lama Neldjorpa Antonio, do Instituto Karma Ling; o centro fica situado em RAMALLOSA, a uns 15 ou 20 minutos de Vigo na direcção a Baiona, pela costa. Levar almofada de meditação, uma manta ou tapete de meditação e meias grossas pois o chão é frio. Para os que forem de comboio, a estação de autocarro em Vigo está a 2 km (aproximadamente) da estação de comboio, e saem autocarros com direcção a Baiona (a passar pela Ramallosa) cada meia hora. A empresa chama-se ATSA. Ao chegar a Ramallosa pode-se perguntar pelo convento das Damas Apostólicas, ou pela piscina municipal, ou pelo centro comercial, que tudo está próximo. O lugar é pequeno e toda a gente conhece os locais.
Preço:
todo o retiro (chegada sexta às 21h): 70 €
só o sábado: 45 €
sábado e domingo: 58 €
Mais informações: Joaquin y Maria Josè Calviño - email: orquidea8888@hotmail.com

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Kyabje Trulshik Rinpoche em França


Sábado 12 Março 2005 (a partir das 14h30)
Domingo 13 Março 2005
Sala Polyvalente 24580 PLAZAC (France)
http://www.chanteloube.asso.fr

Workshop no Akasha

O Carnaval: Das Origens na Grécia até aos dias actuais
Este workshop será dado pela Dra. Patricia Mendes e abordará o tema da origem do Carnaval remontando às dionisíacas gregas e à origem do teatro, máscaras e danças. Será abordada também a obra de Mikhail Baktin sobre a carnavalização na literatura e na arte.
19 de Fevereiro de 2005
das 15h - 18h
50 euros

AKASHA
Rua Adolfo Casais Monteiro, 45
4050-014 Porto
Tlm: 93 64 44 869

Za


domingo, fevereiro 13, 2005

Maitri e Karuna

"Quando as pessoas falam de amor, referem-se habitualmente ao que existe entre pais e filhos, marido e mulher, membros de uma mesma família, casta ou país. Como a natureza de um tal amor depende das noções de "eu" e de "meu", esse sentimento permanece ao nível do apego e da discriminação. As pessoas querem amar apenas os seus pais, o seu esposo, os seus filhos, os seus netos, os seus avós, os membros da sua família ou os seus compatriotas. Mantendo-se prisioneiros do seu apego, preocupam-se com os acidentes que podem atingir os seus entes queridos, antes ainda de eles se produziresm. Quando tais catástrofes se produzem, sofrem terrivelmente. O amor baseado na discriminação gera preconceitos. As pessoas tornam-se indiferentes ou mesmo hostis, aos que ficam de fora do seu próprio círculo amoroso. O apego e a discriminação são causadores de sofrimento para nós próprios e para os outros.

O amor a que todos aspiram sinceramente é feito de bondade e de compaixão. Maitri é o amor que pode trazer felicidade aos outros. Karuna é o que faz desaparecer o sofrimento dos outros. Maitri e Karuna não pedem nada em troca. O campo de acção da bondade e da compaixão não se limita aos pais, à esposa, aos filhos, aos membros da família, ou da mesma casta ou aos compatriotas. Estende-se a todas as pessoas e a todos os seres. Em Maitri e Karuna, não há discriminação, nem "eu" e "não-eu". E sem discriminação não há apego. Maitri e Karuna dão felicidade, aliviam o sofrimento e não causam infelicidade nem desespero."

- palavras do Buda segundo Tich Nhat Hanh: excerto lido durante o seminário deste fim-de-semana


Tsering Paldrön durante o seminário "Amor e Apego - como distinguir?"

foto ©UBP 2005

Dia de Sol

o primeiro dia do ano do Galo de Madeira passámo-lo em Caminha... a investigar um possível centro de retiros... mas não só



fotos ©MC 2005

Mais fotos

Lama Lobsang na UBP Porto:
- já passou uma semana mas ainda nada se esbateu - e não é verdade que se fechar os olhos não te consigo ver, vejo-te perfeitamente






fotos ©UBP 2005

Som

O workshop do passado fim-de-semana sobre Tsa-Lung foi intenso... mas com momentos de relaxamento, com a magia das taças tibetanas...

foto ©UBP 2005

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

I love you too


foto ©UBP 2005

I love you


A melhor medicina é a felicidade e o amor

foto ©UBP 2005

Perdidos & Achados

Após a conferencia com o Lama Lobsang no auditório do FCDEF, foi encontrada uma pulseira, um cachecol, inumeros sorrisos....

Quem quiser recuperar os objectos perdidos (pulseira, cachecol) dirigir-se ao FCDEF e falar com o Sr. Rui Faria do directivo.

Boa semana para todos


terça-feira, fevereiro 01, 2005

Árvores

Nós por cá estamos muito agradecidos pelo vosso trabalho,

Árvores classificadas no Porto